quarta-feira, 11 de maio de 2011

FADO FARDO


FADO FARDO (Anibal Werneck de Freitas) Meu canto português / Está a lamentar / Com o acontecer / No além-mar. / Irmão barrando irmão, / Céu contra o mar / Afundando caravelas / Numa tormenta sem par. / Canto pra dizer / Os versos do poeta / Fernando Pessoa, / Doa a quem doer. / Veja Portugal, / “valeu a pena / Ou se vale a pena / Se a alma não é pequena”. / Abra as portas do sal / E venha Portugal / Cantar um fado / E não um fardo. / O ouro das Gerais / Que lhe enriqueceu, / Grita por justiça / No peito meu. / Sinto muito Portugal, / Isto me entristeceu. / Está a cuspir / No prato que comeu. / Abra as portas do sal / E venha Portugal / Cantar um fado / E não um fardo. /

No ano de 1993, os dentistas brasileiros estavam sofrendo perseguição em Portugal, como nos prova o apelo abaixo,

Ajudem-nos a evitar que o Embaixador Brasileiro em Portugal assine um acordo que não foi aceito por nenhum dos dentistas envolvidos no processo, pois se isto se realizar, será a nossa MORTE PROFISSIONAL em Portugal. Este acordo, entre outras coisas nos proibe de utilizar recursos clinicos comuns do dia-a-dia de um consultório, como por exemplo: anestesiar por bloqueio regional (troncular)... Pode???

A causa pertinente desta situação era a reclamação de que Portugal estava sendo invadido por profissionais brasileiros, sensibilizado com a situação dos nossos patrícios, fiz este fado.  

Voz e teclado, Anibal, 1995

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