sábado, 27 de junho de 2015
O ÚLTIMO TREM (Anibal, Armando e Lenira)
Esta música registra o último trem de passageiros que saiu de Recreio(MG), numa segunda-feira de 1983, deixando para trás trilhos da saudade, a cidade nunca foi a mesma depois deste triste acontecimento, o trabalho dos ferroviários que viveram e morreram parece que foi em vão, e, no lugar dele ficou apenas a dor.
O ÚLTIMO TREM - 2
(Anibal - Armando e Lenira)
Dói, dor doída / A Maria, a Maria,
Ma-ri-a / Virou fumaça.
E a fumaça / Da Maria, da Maria,
Ma-ri-a / Virou saudade.
Toda garbosa e imponente / Lá vai Maria Fumaça
Deixando saudade e alegria / Em toda estação que passa.
O apito como um gemido / Fagulhas da chaminé
Queimando a roupa dos passageiros / Fornalha, sabe como é.
Dói, dor doída / A Maria, a Maria,
Ma-ri-a / Virou fumaça.
E a fumaça / Da Maria, da Maria,
Ma-ri-a / Virou saudade.
Caldeira sempre sedenta / Subida, está chovendo
Se não jogar areia nos trilhos / Desliza não fica movendo.
Agora ela aposentou / Encanto em desencanto
Dona Leopoldina se acabou / Foguista se fez em pranto.
Dói, dor doída / A Maria, a Maria,
Ma-ri-a / Virou fumaça.
E a fumaça / Da Maria, da Maria,
Ma-ri-a / Virou saudade.
Tristeza na Estação Recreio / Adeus ao último trem
Que partiu numa segunda-feira / Em mil novecentos e oitenta e três.
Dói, dor doída / A Maria, a Maria,
Ma-ri-a / Virou fumaça.
E a fumaça / Da Maria, da Maria,
Ma-ri-a / Virou saudade.
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